“Não é só com recursos financeiros que se implementam investimentos, mas, antes, com a vontade de fazer, a certeza de que somos capazes, o domínio da tecnologia e o ardor da juventude”.
A frase, dita pelo empresário Eggon João da Silva é o pontapé inicial de uma longa história de coragem, disciplina e determinação relatada no livro “Eggon João da Silva – Idéias e Caminhos: A trajetória de um dos fundadores da WEG”.
Editado pelos Historiadores Léo Bruno e Sonia Diegues, o livroé a primeira publicação da coletânea Galeria de Empreendedores do Brasil, iniciativa do Centro de Desenvolvimento em Gestão (Fundação Dom Cabral).
“Foi uma honra e uma grande alegria escrever sobre este homem ímpar. Foi também uma temeridade, pois para chegar à grandeza de Eggon tivemos de nos despir de nossos preconceitos acadêmicos e reconhecer o quão pouco sabemos. E estejam certos que não conseguimos chegar a toda essa grandeza. Merleau Ponty nos ensina que não é possível apreender a experiência do outro. Tivemos a prova com Eggon”, salientam os autores.
Eggon João da Silva, que iniciou sua vida profissional aos 13 anos, relata na obra sua experiência não só na WEG, mas também a frente dos conselhos de administração de grandes empresas brasileiras como, Oxford, Tigre, Marisol, e Perdigão.
O lançamento da obra acontecerá no dia 18 de dezembro, no Museu WEG, às 18h.
Trajetória de Sucesso
Nascido em 1929, no que é hoje o município de Schroeder, norte de Santa Catarina, Eggon João da Silva começou a trabalhar aos 13 anos em um cartório em Jaraguá do Sul. Em 1957, depois de 14 anos no principal banco do Estado, tornou-se sócio da João Wiest & Cia. Ltda., uma firma especializada na produção de canos de escape para veículos. Quatro anos depois, Eggon deixou a empresa para enfrentar o maior desafio de sua carreira.
Em abril de 1961, juntamente com Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus, Eggon funda a WEG, que na época produzia apenas motores elétricos. Até 1989 participou diretamente dos destinos da empresa, levando-a a figurar entre as maiores do setor, com participação destacada no mercado nacional e internacional.
Do motor elétrico, a WEG começa a diversificar sua produção, passando a produzir sistemas elétricos industriais completos, incluindo geradores, transformadores, componentes e sistemas de automação industrial.
Mas a trajetória de Eggon João da Silva não está ligada apenas à WEG. O empresário fez parte dos conselhos de quatro grandes empresas – Oxford, Tigre, Marisol, e Perdigão, tendo nesta última, inclusive, exercido a função de diretor presidente entre 1994 e 95, momento em que cumpriu uma dura missão de recuperação financeira da empresa. Após esse período foi presidente do Conselho Administrativo até abril de 2007, quando passou seu cargo para o filho Décio da Silva.
Fundação Dom Cabral
Fundada 1976, como desdobramento do Centro de Extensão da Universidade Católica de Minas Gerais, a fundação Dom Cabral foi eleita a 16o melhor escola de negócios do mundo e a primeira da América Latina, segundo o ranking do jornal britânico Financial Times de educação executiva. A WEG conta com grande contribuição da Fundação com seus projetos de gestão e treinamentos de executivos. Eggon da Silva, além de admirar o trabalho realizado pela escola, participou como membro do conselho curador durante três mandatos (1991 à 2000).