Como dimensionar o disjuntor e quais são as suas características?
Saber como dimensionar o disjuntor é essencial para garantir a segurança da rede elétrica. Veja como realizar essa etapa da melhor maneira.
A decoração da casa sempre foi pensada e projetada pra promover relaxamento e descontração. Mas como ficam nossos lares após o Coronavírus?
28 de julho de 2020
Os lares sempre foram considerados lugares de relaxamento. A rotina tradicional casa x trabalho x casa tratou de configurar as casas e apartamentos como espaços para recarregar as energias e “esquecer do trabalho”.
Há algum tempo, essa associação forte que fazemos entre nossas casas e as sensações de relaxamento vem dando lugar ao conceito de “casa coringa”. Oi?!
Sim, você leu certo. As casas, hoje, mais do que nunca, têm precisado ser:
ATEMPORAIS, VERSÁTEIS (fáceis de transformar), FLUIDAS e, ao mesmo tempo, PERSONALIZADAS!
Há menos de 4 meses, ainda era comum que a maior parte da população tivesse uma vontade imensa de mergulhar no sentimento de “chegar em casa” e não é mistério que boa parte dela curtisse MUITO o sentimento de “ficar em casa” no final de semana (pra ficar no sofá, ver aquela série).
A nossa casa, quando “usada” pro nosso descanso, sempre foi percebida como aquele lugar sem regras (ou com as suas próprias regras e, muitas vezes uma cultura própria), sem horário predeterminado para nossas atividades (principalmente no final de semana). Fazer o que quiser, comer o que quiser… Casa sempre foi pra ter pés descalços e roupas despojadas.
E, dentro da decoração, sempre foi pensada e projetada pra promover sensações de relaxamento, de descontração e para revitalizar o corpo e a mente.
Mas o coronavírus chegou e TUDO MUDOU (na verdade, tudo já vinha mudando e o COVID-19 ACELEROU!). Agora, a casa é lugar de trabalho, pra muitas pessoas. É escola, para as crianças, é academia, é faculdade, é salão de beleza, é restaurante. Parece que toda a nossa vida se voltou para o interior do nosso lar.
Foto: resultadosdigitais.com.br
Acredite ou não, mas a tendência de interiorizar-se já vinha sendo discutida há mais de uma década, desde que começamos a viabilizar a inteligência artificial.
Quando nossos trabalhos mecânicos forem substituídos em sua quase totalidade por máquinas, o que restará como atividade exclusiva do ser humano, segundo alguns sociólogos, antropólogos e afins, serão aquelas baseadas em competências necessárias para estabelecer boas relações intra e interpessoais.
E isso requer DESENVOLVIMENTO PESSOAL: autoconhecimento, autocuidado, inteligência emocional.
Não é à toa que tem surgido a cada dia mais coachs (e cursos de coachs) e que as pessoas busquem mais e mais conteúdos relacionados a esses assuntos.
O fato é que já havíamos iniciado a era da INTROSPECÇÃO. Ultrapassamos os reflexos da revolução industrial e adentramos na era da realização pessoal. Você percebeu que passamos pela “era da depressão”, “era do stress” e que, aos poucos temos visto mais pessoas se dedicando à sua saúde física e mental?
Os ambientes corporativos mudaram. Se tornaram mais “humanizados”.
As instalações de saúde e os próprios agentes de saúde, têm promovido mais a prevenção de doenças, sejam mentais ou fisiológicas.
São novos tempos.
E esses novos tempos são de valorização às peculiaridades da espécie humana. A padronização tem dado espaço à PERSONALIZAÇÃO dos ambientes, ao mesmo tempo que a atualidade exige dos lares, que sejam telas em branco para os vários momentos em que nos encontramos, nos vários estágios da vida.
Somos MULTITAREFAS. Nossos hobbies têm se tornado segunda profissão. Não é incomum que um empresário bem-sucedido, nos dias de hoje, atue em mais de um setor, que se complementam OU NÃO.
O momento que estamos vivendo é o “reset”, para que possamos dar início a um novo pensar em relação às nossas moradas.
Não sabemos onde estaremos amanhã. Não sabemos do que necessitaremos amanhã e nem do que não necessitaremos mais dentro de nossas casas, graças aos avanços tecnológicos. Já dissemos adeus a tantas coisas… máquina de escrever, fax, telefone fixo… Já repensamos tantos cômodos… Quarto “de empregada”, entrada “de serviço”, vaga de garagem…
Você tem dúvidas de que nossos hábitos vão mudar mais e em velocidade ainda maior, daqui para frente?
Não sabemos o que nos espera lá na frente, mas sabemos que investir em espaços MELHORES e que nos sirvam de forma PLENA será indispensável.
Em breve, enfrentaremos uma etapa de valorização do desenho universal (se é que já não estamos vivenciando esse momento). Os projetos para unidades residenciais terão mais compromisso com a não obsolescência.
A cada dia, temos mais acesso a formas completamente diferentes de se ocupar e fazer uso do espaço, portanto, independentemente de hábitos, costumes, religião, idade, gênero, deficiências, os imóveis deverão ser ADAPTÁVEIS, ou seja, universais.
A personalização dos ambientes, portanto, passará a ser responsabilidade do mobiliário e da ornamentação. Investiremos naquilo que é removível. A facilidade (e, às vezes, necessidade) de mudança de endereço tornará comum, a organização de “feiras de garagem”, bazares e brechós.
A preocupação com o meio ambiente não vai nos permitir financiar o “fast furniture”, ou seja, não vamos mais nos sentir confortáveis em adquirir peças de mobiliário de má qualidade, com durabilidade baixa. Esse fator, aliado ao hábito das feiras de garagem, tratarão de mudar a forma como enxergamos as modas passageiras, que hoje chamamos de “tendências”.
Investiremos em mobília atemporal. Móveis bons. Móveis duradouros.
A ornamentação passará pelo mesmo processo. As artes (quadros, esculturas e objetos decorativos) não serão mais ditadas por revistas digitais e redes sociais. As artes terão outros significados, além da simples estética: cura, memória afetiva, desenvolvimento de habilidades.
A ornamentação dos nossos lares seguirá a (agora sim) TENDÊNCIA do handmade/DIY. Fotos autorais, arte dos filhos, cerâmica, pintura, desenho, macramê… aquilo que nos cura e nos traz felicidade e satisfação será exposto em nossos lares para que nos lembramos dos momentos de alegria. SLOW HOME.
Não vamos deixar de consumir arte, mas vamos valorizar as histórias. Um quadro de um pintor local, de um artista de rua de uma cidade que visitamos. Incentivaremos os pequenos. Seremos fiéis a princípios. Investiremos nosso dinheiro em pessoas de valores parecidos com os nossos. Com visões de mundo semelhante e com as quais nos identificamos. E tudo em nossa casa será arte.
Desde nossos quadros até os utensílios de cozinha. Uma colher de pau feita por um artesão do nordeste. Um sousplat feito por alguém do norte, um bowl de cerâmica lá do sul. Assim, vamos valorizar mais a cultura local, nossas raízes e entender quem somos como comunidade.
Espaço (área) é um dos fatores que deverá mudar também. A introspecção demanda residências mais confortáveis. Isso quer dizer: menos apartamentos cubículos. Cômodos mais amplos e grande permeabilidade com o espaço exterior: muitas varandas. Reflexo do COVID-19 e dos novos conhecimentos sobre neurociência, saúde dos edifícios e biofilia.
Além disso, estamos vivenciando, em grande parte do mundo, maiores exigências em relação à qualidade dos espaços públicos. Com cidades mais equipadas, seguras e BELAS, seremos mais adeptos a atividades ao ar livre. Isso quer dizer: menos mansões e mais apropriação do espaço urbano. As hortas urbanas comunitárias são um grande indício do início desse processo.
A vida está mudando, o futuro está mudando e esse é só o início de uma mudança que, se tudo der certo, não terá fim. Isso é evolução!