A trajetória de Marcelo Rosenbaum se tornou amplamente conhecida ao participar do quadro Lar Doce Lar, do programa de televisão Caldeirão do Huck. Impulsado por essa experiência, hoje ele comanda o Instituto A Gente Transforma, com o propósito de dar voz ao coletivo, à ancestralidade e à brasilidade – tudo por meio do design.

Quer saber mais sobre esse autêntico designer? Então, confira a série de hoje sobre os Grandes Nomes da Arquitetura.

Veja a trajetória de Marcelo Rosenbaum, suas principais obras e sua importância para o universo da construção civil!

Por dentro da trajetória de Marcelo Rosenbaum

A trajetória de Marcelo Rosenbaum se iniciou em 1968, quando o designer nasceu em Santo André, cidade da região metropolitana de São Paulo.

Durante sua carreira, ele trabalhou com grandes influências, como o arquiteto high tech Andreas Weber. Também participou de importantes projetos, como a exposição Brasil Faz Design em Milão, a Feira de Móveis de Colônia e a Mostra de Móveis Brasil 2000.

Um dos seus grandes feitos, certamente, é o escritório de design e arquitetura Rosenbaum. Fundado com a sócia Adriana Benguela, obteve reconhecimento em todo o país.

Sua metodologia é o chamado design essencial, que busca os elementos para dar alma a um projeto. Trabalhando com produtos, cenários, espaços comerciais e casas, o foco de Rosenbaum é interpretar as identidades culturais e a memória que embasam suas ideias.

De 2006 a 2012, participou do Lar Doce Lar, quadro do programa Caldeirão do Huck, o que ajudou a promover seu trabalho. Reformando e recriando as casas do povo brasileiro, a intenção de Marcelo Rosenbaum era, sobretudo, transformar a vida daqueles moradores por meio da democratização do design.

Também participou do programa Decora, do canal GNT, de 2014 a 2016. Hoje, o escritório de Marcelo tem o projeto A Gente Transforma, com foco em conhecer e vivenciar a cultura brasileira profundamente.

Sendo assim, a história de Rosenbaum passou não só pela criação de itens de design e projetos, mas também por palestras e workshops, tendo até mesmo já publicado dois livros.

As principais obras

A trajetória de Marcelo Rosenbaum é marcada por diversos prêmios na área de Arquitetura e do Design, como o Prêmio do Museu da Casa Brasileira – Joaquim Tenreiro, Prêmio Casa Vogue Design e o RIBA International Prize.

Seus trabalhos revelam a grande versatilidade de Rosenbaum. Veja os principais:

• Edifício Brasil;
• Escola Canuanã, em Tocantins (que ganhou o prêmio RIBA na categoria de Melhor Edifício Educacional do Mundo);
• Parque Santo Antônio, em São Paulo;
• Sofá Bull;
• Poltrona Tambaqui;
• Mesa Oval em verde mandacaru;
• Bogoió (cesto de palha trançada), produzido em Várzea Queimada;
• Rosário (feito com borracha de caminhão), produzido em Várzea Queimada;
• Revestimentos Ladrilhos Hidráulicos São João;
• Revestimento Escamas;
• Reformas e revitalizações de áreas carentes;
• Projetos de decoração para os programas Lar Doce Lar e Decora.

A contribuição de Rosenbaum para a construção civil

Como vimos, a trajetória de Marcelo Rosenbaum é marcada por conceitos como a democratização do design e a valorização da cultura brasileira. Com base nesses pilares, o designer mostra toda a potência e qualidade da criação nacional.

Com a participação no programa Lar Doce Lar, Rosenbaum consolidou a ideia de que uma casa influencia profundamente a autoestima e a vida de um cidadão. E isso não está desvinculado da beleza: o belo da ética, da estética e das mais variadas dimensões.

Ao notar quão desumana é a condição de vida de grande parte da população brasileira, Marcelo percebeu que um mínimo de dignidade pode trazer grandes transformações.

O projeto A Gente Transforma surgiu, então, para expandir essa ideia. Os eventos do AGT ajudaram Marcelo a descobrir comunidades de um Brasil profundo e real, com a produção local de artesanatos, suas experiências de vida, ancestralidades, narrativas e lembranças.

Ou seja, um Brasil contado pelo próprio povo brasileiro, e não pelos olhos do colonizador. Um país que tem identidade e cultura próprias, e não importadas. Um lugar segregado, distante e muitas vezes esquecido, que precisa ser unido e valorizado.

Nesse sentido, Rosenbaum aprende – e ensina ao universo da arquitetura e da construção civil – que “o ser humano deve ser a essência das criações”; seja um objeto, uma casa ou qualquer outra criação.

A partir dessa ideia, o design pode criar pontes, agregar pessoas, articular espaços e transmitir valores. E mais: a arte possibilita reconhecer-se no outro e no coletivo para revelar o seu propósito e, assim, mudar realidades.

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Para se inspirar em outros Grandes Nomes da Arquitetura, conheça Zaha Hadid e o aclamado brasileiro Oscar Niemeyer.