Prêmio de Construção do Ano

Em 2017, o Prêmio de Construção do Ano foi para os arquitetos da Universidade de Hong Kong, que criaram uma casa mais sustentável, acessível e segura.

11 de dezembro de 2017


Em 2014, o terremoto Ludian atingiu a província de Yunnan no sul da China, destruindo cerca de 12 mil lares e prejudicando outros 30 mil. E neste ano, o Prêmio de Construção do Ano foi para os arquitetos na Universidade chinesa de Hong Kong, que se inspiraram nessa tragédia, para atualizar técnicas de construção local e criar uma casa mais sustentável, acessível e segura.

Eles construíram um protótipo de casa para um casal de idosos da Vila de Guangming, usando materiais e métodos de construção tradicionais com o know-how moderno.

Em vez de se voltar para o tijolo e o concreto, a equipe adaptou as técnicas originais de construção de terra batida usadas para construir a maior parte da vila original e adicionou barras de aço e concreto nas paredes para ser mais durável e à prova de terremotos.

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A casa protótipo construída para um casal de idosos foi concluída no ano passado, provando que o método poderia fornecer uma estratégia de reconstrução segura, econômica e sustentável para a aldeia e região mais ampla do sudoeste da China.

O projeto foi selecionado como o World Building of the Year (Prêmio de Construção do Ano, em tradução livre) e homenageado no 10º Festival Mundial de Arquitetura Mundial. Os vencedores foram selecionados entre mais de 30 categorias e anunciados durante o festival, que aconteceu na Arena Berlim de 15 a 17 de novembro de 2017.

Os edifícios concluídos brigaram pelo título da Prêmio de Construção do Ano, enquanto os projetos conceituais competiram pela nomeação de Projeto Futuro do Ano. Esses prêmios são julgados por um super júri, incluindo a diretora do MVRDV Nathalie de Vries, o arquiteto londrino Ian Ritchie e o presidente-executivo da AIA, Robert Ivy.

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A Organização da WAF (World Architecture Festival) divulgou que os juízes acreditavam que este era um projeto extraordinário em termos do alcance da ambição, exemplificado no tratamento de problemas profundos enfrentados pelas pessoas comuns.

Eles aplaudiram a reutilização de materiais tradicionais e métodos de construção, mas com a adição de novas tecnologias – combinando sabedoria antiga com o know-how moderno.

Os juízes também ficaram impressionados com o processo de pesquisa interativa que poderia ser reaplicado a qualquer parte do mundo afetado por problemas sísmicos e baixos níveis de riqueza.

“Os arquitetos conseguiram traduzir quatro paredes e um telhado em algo que, através do compromisso arquitetônico, se tornou um projeto muito mais profundo”, comentou Paul Finch, diretor de programas da WAF, em nota. “Este edifício é uma demonstração de que a arquitetura é tão relevante nas comunidades mais pobres quanto nas mais ricas”.

Ou seja, vale muito a pena homenagear e premiar projetos inovadores que se preocupam com o futuro da comunidade e unem tecnologia e sustentabilidade em prol de uma boa causa.

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