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As arquitetas Cindy Maia e Flávia Steil, do Studio², compartilham aqui no blog alguns pontos importantes que você precisa verificar ao escolher um terreno.

8 de junho de 2018


Na hora de comprar um terreno, são várias as dúvidas que surgem. Será que esse é o terreno ideal para a minha construção? Devo priorizar localização ou tamanho? A estrutura do local é adequada? Pensando nisso, as arquitetas Cindy Maia e Flávia Steil, do Studio², compartilham aqui no blog alguns pontos importantes que você precisa verificar ao escolher um terreno.

Os parâmetros da guia amarela

A guia amarela é um documento que pode ser adquirido no site da prefeitura com a indicação fiscal ou a inscrição imobiliária do terreno. Ela norteará o comprador com relação ao que pode ou não ser feito naquele terreno, pois mostra:
– os usos permitidos e não permitidos;
– quanto do terreno você pode utilizar para construir;
– quantos pavimentos podem ser construídos;
– qual a área permeável mínima;
– recuos necessários, entre outras informações.

Digamos que você está querendo escolher um terreno que mede 10x15m e que a sua ideia é construir um triplex de 200m². Num primeiro momento, o terreno parece perfeito para a sua necessidade, mas depois você descobre que precisa de um recuo de 5 metros na frente, 2,5 metros em cada lateral, que só pode construir 2 pavimentos e que a área máxima de construção é de 150m². Então, a sua ideia precisa ser modificada ou você precisa procurar outro local.

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Insolação

Verificar a insolação do local é fundamental na hora de escolher um terreno, pois isso influenciará na posição dos cômodos da casa. O norte é a direção mais nobre, e o sul é a menos privilegiada, já que não bate sol em nenhum período do dia.

A área privativa (quartos, escritório, etc.) deve ficar localizada em uma área ensolarada, como leste, oeste ou norte, para que receba o calor que elimina bactérias, ácaros e evita o mofo.

Já a área social, como sala e home theater, deve ficar preferencialmente em uma área que receba insolação, mas sem muito calor. O ideal é que fique voltada para o lado leste, ou que se faça algum tipo de proteção solar, caso fique para o lado oeste ou norte.

Áreas de serviço, como lavanderia, cozinha e despensa, podem ficar voltadas para o sul. Nesses locais, o importante é ter circulação de ar, não necessariamente sol.

Corpo d’água

Para escolher um terreno, você precisa averiguar se há algum tipo de corpo d’água passando no local, pois há uma distância mínima a ser preservada, e essa distância pode ser de até 100 metros, dependendo do caso.

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Árvores

Algumas árvores, como as araucárias, possuem um raio mínimo sem construções a ser respeitado, ou muitas vezes não podem ser retiradas do local. Isso pode inviabilizar uma possível construção ou fazer com que sejam necessários vários ajustes no projeto.

Localização

Caso você esteja pensando em escolher um terreno no alto de um morro ou em uma rua muito inclinada, é bom pensar no acesso de caminhões. Quanto mais difícil o acesso, mais custo isso gera.

Dívidas

É importante também conferir se o terreno não possui dívidas adquiridas por antigos proprietários e se ele está regular na prefeitura.

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Registro de Imóveis

Veja no registro de imóveis junto ao cartório se não há nenhuma pendência jurídica do imóvel, e se a pessoa que está vendendo o terreno é realmente a dona.

Usucapião

Por último, verifique se há alguém morando no terreno. Caso ele seja alvo de usucapião por algum morador, mesmo que você o compre, o cidadão ainda tem direito a ele.

Se você verificou todos esses aspectos antes de escolher um terreno e eles se encaixam com a sua necessidade, faça uma proposta!

A ajuda de um arquiteto é sempre bem-vinda. Ele estudou todos esses parâmetros e pode lhe auxiliar, não somente com o projeto, mas também com a escolha do terreno ideal para atender a todas as suas necessidades e fazer um estudo de viabilidade técnica.

Autor

O Studio² é um escritório de arquitetura de Curitiba que trabalha com arquitetura de interiores, projetos arquitetônicos, paisagísticos e de iluminação, que foi fundado em 2016 pelas arquitetas Cindy Maia e Flávia Steil, ambas formadas pela PUCPR e com especialização em Arquitetura de Interiores e Design e Master em Arquitetura e Iluminação, respectivamente. O escritório conta com projetos assinados no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e um projeto em Estocolmo, na Suécia. A equipe desenvolve projetos presenciais e online. Para conhecer o trabalho delas, acesse o Facebook do Studio².

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