Saber como dimensionar o disjuntor é essencial para garantir a segurança da rede elétrica. Veja como realizar essa etapa da melhor maneira.

14 de julho de 2023


Saber como dimensionar o disjuntor é um passo crucial para a segurança elétrica de residências ou estabelecimentos comerciais. Afinal, esses itens são dispositivos essenciais para proteger os circuitos contra sobrecargas e curtos-circuitos, que podem resultar em danos à propriedade ou representar riscos para as pessoas.

Nesse cenário, selecionar o equipamento adequado, de acordo com as características de cada circuito, é indispensável para evitar sobrecargas que possam danificar a instalação e trazer dores de cabeça com manutenções e custos adicionais não previstos.

Além disso, dimensionar corretamente os disjuntores evita alguns inconvenientes muito comuns nos lares. Quem nunca levou um banho de água fria quando o disjuntor do chuveiro, ou mesmo o geral, acabou desarmando durante o banho? Esse é um clássico sintoma de que o disjuntor que está protegendo aquele circuito está subdimensionado.

Portanto, para assegurar que o disjuntor desempenhe efetivamente sua função, é essencial que ele seja dimensionado corretamente. Pensando nisso, separamos este conteúdo para mostrar como realizar esse procedimento de maneira segura.

Siga a leitura para saber mais!

O que são disjuntores?

Em resumo, os disjuntores são dispositivos projetados para proteger circuitos elétricos contra sobrecargas e curtos-circuitos, desempenhando um papel vital na segurança de residências, edifícios comerciais e industriais.

Esses equipamentos são instalados em quadros de distribuição, atuando como interruptores automáticos que bloqueiam a passagem de corrente elétrica quando ocorre uma condição anormal no circuito.

Existem diferentes tipos de disjuntores, como, por exemplo, os termomagnéticos e os diferenciais residuais (DRs), cada um com suas funcionalidades específicas. Os termomagnéticos são direcionados à proteção geral dos circuitos e dos equipamentos, já os diferenciais residuais são designados para proteções contra choques elétricos.  

Neste conteúdo, vamos focar nas características dos disjuntores termomagnéticos.

Quais são as variações e as características dos disjuntores termomagnéticos?

Algumas características devem ser observadas na hora de escolher um disjuntor, sendo que as mais relevantes são o número de polos, a curva de disparo e a corrente nominal.

O número de polos indica quantos condutores energizados o dispositivo é capaz de proteger, por exemplo: um disjuntor bipolar é capaz de proteger dois condutores simultaneamente, enquanto um monopolar consegue proteger apenas um.

A corrente nominal indica qual é a capacidade que o dispositivo tem de conduzir corrente elétrica de modo contínuo sem acionar a proteção. As curvas de disparo, por sua vez, indicam por quanto tempo o disjuntor suportará conduzir correntes acima de sua capacidade nominal.

Vamos explorar um pouco mais sobre as características das curvas de disparo mais comuns:

Curva B

Os disjuntores de curva B têm como característica o disparo instantâneo para correntes entre 3 a 5 vezes a corrente nominal. Sendo assim, são aplicados principalmente na proteção de circuitos com características resistivas ou com grandes distâncias de cabos envolvidas.

Curva C

Os disjuntores de curva C têm como característica o disparo instantâneo para correntes entre 5 a 10 vezes a corrente nominal. Sendo assim, são aplicados para a proteção de circuitos com instalação de cargas indutivas, como motores.

Como dimensionar o disjuntor?

Agora que temos uma compreensão melhor sobre o que é um disjuntor e suas principais características, podemos avançar e explorar a melhor maneira defazer o seu dimensionamento.Confira abaixo o nosso passo a passo!

Conheça a carga do circuito

O primeiro passo para o disjuntor ser dimensionado é identificar quais cargas ele protegerá. Faça um levantamento de todos os equipamentos que estarão conectados ao mesmo circuito, verificando as suas respectivas potências (em Watts (W), ou então, caso o fabricante do equipamento fornecer, a corrente elétrica, dada em Amperes (A).

Nas residências, normalmente, as cargas têm características predominantemente resistivas, e não indutivas. Então, caso você não encontre a corrente nominal do equipamento, mas saiba qual é a potência nominal, basta calcular a corrente usando a equação:

I=P/V 

Onde: 

  • I é a corrente elétrica (A
  • P é a potência do equipamento (W
  • V é a tensão da rede (V ) − 110 V ou 220

Calcule a corrente de projeto

De modo geral, após ter feito o levantamento das cargas, é necessário somar as correntes de todas as cargas. Esse resultado será a corrente a ser considerada na hora de dimensionar o disjuntor.

Para casos específicos, pode ser necessário considerar outros fatores, como a demanda máxima simultânea, para obter resultados mais ajustados para os seus projetos.

Considere o fator de segurança

É recomendado adicionar um fator de segurança à corrente de projeto para garantir uma proteção adequada. Esse fator é normalmente entre 1,25 e 1,5, dependendo da aplicação. Multiplicar a corrente de projeto pelo fator de segurança determinará a corrente nominal necessária para o disjuntor.

Consulte as informações técnicas do fabricante

Ao identificar qual é a corrente nominal do seu projeto, é hora de consultar qual modelo de disjuntor é o adequado para a sua aplicação. Para isso, basta consultar os catálogos dos fabricantes, que fornecem as informações necessárias para a escolha ser feita com segurança.

Verifique as normas e o regulamento

Certifique-se de que os produtos do fabricante que você está consultando estejam em conformidade com as normas técnicas vigentes, como as normas NBR NM 60898 e NBR IEC 60947-2. Os produtos estarem em conformidade com essas normas significa que eles passaram por rigorosos processos de validação em laboratório e que, dessa forma, estão aptos a atender aos consumidores com segurança.

Conheça a linha de minidisjuntores da WEG

As linhas de minidisjuntores MDW, MDWP e MDWH oferecem proteção contra sobrecarga e curto-circuito, atendendo as curvas características de disparo B e C conforme as normas NBR NM 60898 e NBR IEC 60947-2.

Desenvolvidas para aplicações em circuitos de baixa tensão, de corrente contínua ou alternada de 2 a 125 A, as linhas têm capacidades de interrupção de curto-circuito de até 15 kA (127/220 V ca). Os minidisjuntores WEG possuem o mecanismo de disparo livre, no qual o disparo independe da posição da manopla e da indicação do estado do disjuntor.

Conheça melhor os Minidisjuntores da WEG, dispositivos certificados, compactos e confiáveis que oferecem a proteção elétrica que a sua aplicação precisa.  

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