A trajetória de Márcio Kogan na arquitetura anda lado a lado com o cinema. O arquiteto, que também transitou pela arte cinematográfica, chega a comparar a escrita de um roteiro com o ato de desenhar um projeto.

4 de setembro de 2020


A trajetória de Márcio Kogan na arquitetura anda lado a lado com o cinema. O arquiteto, que também transitou pela arte cinematográfica, chega a comparar a escrita de um roteiro com o ato de desenhar um projeto. Afinal, ambas são formas de contar uma história e de transmitir uma mensagem.

No artigo de hoje sobre os Grandes nomes da arquitetura brasileira, você vai conhecer mais sobre a trajetória de Márcio Kogan, suas principais obras e sua contribuição para o universo da arquitetura. Confira!

A trajetória de Márcio Kogan

Márcio Kogan é arquiteto e cineasta, natural da cidade de São Paulo, nascido em 1952 e filho do famoso engenheiro Aron Kogan. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1976, Kogan realiza seus projetos arquitetônicos em profunda sintonia com o cinema.

Em 1980, fundou o escritório de arquitetura que, desde 2001, é conhecido como Studio MK27. Desde então, ganhou cada vez mais reconhecimento na área, contando com a parceria de outros arquitetos para a elaboração de projetos.

Simultaneamente, dedicou-se também à produção de filmes. Em parceria com Isay Weinfelf, realizou 13 curtas e um longa-metragem, intitulado Fogo e Paixão. O filme é um marco na carreira de Kogan, e retrata pessoas de diferentes nacionalidades que reúnem-se para visitar uma cidade.

Com um estilo satírico, a produção cinematográfica se dedicava à análise urbana e arquitetônica, e foi premiada em eventos como o Festival de Gramado, a Bienal de São Paulo e o Festival de Cinema Ibero-Americano de Huelva, na Espanha.

Depois de se dedicar às duas atividades por um tempo, Kogan optou profissionalmente apenas pela arquitetura. Porém, a presença da influência audiovisual nunca foi abandonada, e ainda permeia a relação entre o público e os espaços criados.

Além do seu interesse interdisciplinar, Márcio Kogan também revela em seus projetos sua grande admiração e influência da arquitetura moderna brasileira. Assim, elementos que remetem a ela podem ser percebidos em vários de seus projetos.

Atualmente, é um dos arquitetos mais reconhecidos nacional e internacionalmente. Além da trajetória no Brasil, ele conta com projetos no Uruguai, Chile, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Suíça e Índia, entre outros países.

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As principais obras do arquiteto cineasta

Com mais de 40 anos de carreira, a obra de Márcio Kogan é marcada pela união do traço simples com o elegante, da beleza com a funcionalidade, do espaço interior com o exterior.

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O arquiteto conta com mais de 200 prêmios, dentre eles:

  1. Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB);
  2. Leaf Awards;
  3. Título de membro honorário do American Institute of Architects (AIA).

Sua obra é composta por uma ampla variedade de projetos, passando por residências, lojas, hotelaria, assim como pelo design. Conheça alguns trabalhos de destaque!

Arquitetura

  • Casa Goldfarb (1989, São Paulo);
  • Edifício Metrópolis (1996, São Paulo);
  • Casa Gama Issa (2002, São Paulo);
  • Hotel Fasano (2003, São Paulo);
  • Berçário Primetime (2007, São Paulo);
  • Casa Osler (Brasília, 2009);
  • Casa Paraty (2009, Paraty);
  • Casa da Bahia (2010, Salvador);
  • Loja Decameron (2011, São Paulo);
  • Livraria Cultura Iguatemi (2012, São Paulo);
  • Casa Rocas (2012, Chile).

Design

  • Haaz Cobogó (2007, Turquia);
  • When Objects Work Bowl (2012, Bélgica);
  • Banheira DR (2014, Itália);
  • Torneira Up & Down (2014, Itália).

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As contribuições de Kogan para o universo da arquitetura

Pautada na interdisciplinaridade, a trajetória de Márcio Kogan na arquitetura mostra a importância de olhares externos. Afinal, foram suas influências do cinema, da literatura, da política e de outras esferas que o levaram a desenvolver seu estilo próprio na arquitetura.

É nessa mesma linha de pensamento que Márcio Kogan também mostra que o coletivo é fundamental. Como a grande maioria de seus projetos é realizada em coautoria, o profissional entende que “a arquitetura, como o cinema, é um trabalho coletivo”.

Além disso, sempre muito crítico em relação à função da arquitetura, o arquiteto cineasta chama a atenção para a importância dessa arte na vida das pessoas.

Em vez de se transformar em um produto de marketing, em uma arquitetura do espetáculo, é preciso pensar que a ciência da arquitetura deve satisfazer, antes de tudo, as necessidades do ser humano. Afinal, conforme suas palavras, “a arquitetura tem o poder de transformar nossas vidas para melhor”.

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Gostou de conhecer a trajetória de Márcio Kogan? Além de ampliar seu conhecimento sobre os grandes nomes da arquitetura, conheça também algumas ferramentas para promover o trabalho de arquitetos!

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