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Zaha Hadid foi uma arquiteta iraquiana-britânica reconhecida mundialmente por sua abordagem desconstrutivista, marcada por curvas, formas e traços não lineares.
22 de outubro de 2019
Zaha Hadid foi uma arquiteta iraquiana-britânica reconhecida mundialmente por sua abordagem desconstrutivista, marcada por curvas, formas e traços não lineares.
Chamada de Rainha das Curvas, a arquiteta trouxe críticas, ousadia e inovação para a área, deixando um importante legado para a história da arquitetura moderna.
Neste artigo, damos continuidade à série sobre os grandes nomes da arquitetura. Conheça mais sobre Zaha Hadid e sua importância para além dos muros de edifícios e monumentos!
Nascida em Bagdá, no Iraque, em 1950 e naturalizada britânica, Zaha Hadid teve sua atuação na arquitetura prestigiada mundialmente.
Sua primeira graduação foi em matemática pela Universidade Americana de Beirute, no Líbano. Somente depois ela entrou para o mundo da arquitetura.
Em 1972, ingressou na Architectural Association School of Architecture, renomada escola de arquitetura em Londres.
Depois de se formar, tornou-se membro do OMA – Office for Metropolitan Architecture – onde pôde trabalhar com dois de seus antigos professores: os arquitetos Rem Koolhaas e Elia Zenghelis.
A oportunidade de trabalhar com seus mestres de 1977 a 1981 foi uma experiência enriquecedora para Zaha Hadid. Os três desenvolveram projetos importantes, como a ampliação do Parlamento Holandês.
Já na década de 1980, Zaha passou a desenvolver sua profissão em escritório próprio, chamado Zaha Hadid Architects.
Em pouco tempo de prática profissional, ela se tornou amplamente reconhecida, conquistando diversos prêmios, concursos e competições internacionais por projetos como:
1. The Peak Club (em Hong Kong)
2. Ópera da Baía de Cardiff (em Gales)
Em 2004, recebeu o maior dos prêmios: o Pritzker. Assim, Zaha Hadid tornou-se a primeira mulher a receber a maior honraria da arquitetura. Em 2015, foi premiada com a medalha de ouro do Royal Institute of British Architects, tornando-se novamente a primeira mulher a receber a homenagem.
Zaha Hadid também foi reconhecida para além da arquitetura. Em 2008, por exemplo, foi considerada pela revista Forbes uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.
Em 2016, morreu aos 65 anos de idade, em Miami, nos Estados Unidos, devido a um ataque cardíaco durante tratamento para bronquite.
Apesar de jovem, deixou seu importante legado e forte influência para a arquitetura, além de se tornar exemplo e incentivo para que mais mulheres conquistem seu espaço como arquitetas.
As obras de Zaha Hadid estão presentes em diversos países ao redor do mundo. Dentre os maiores destaques no seu portfólio, podemos citar:
Em 1993, o primeiro projeto de Zaha Hadid foi construído: o prédio do corpo de bombeiros do campus Vitra, na Alemanha.
Projetado para as Olimpíadas de 2012, Zaha Hadid usou as curvas para ilustrar a fluidez da água.
O edifício original de 1939 fica em Cincinnati, nos Estados Unidos. Em 1998, depois de concorrer com uma centena de outros arquitetos, Zaha Hadid foi escolhida para criar o projeto de um novo prédio.
Em 1998, Zaha Hadid projetou o primeiro museu de arte contemporânea de Roma.
O teatro, que fica às margens de um rio na China, teve seu projeto arquitetônico inspirado na natureza. Vencedor de um concurso em 2002, a obra foi inaugurada em 2011.
O monumento é de 2013 e fica em Baku, no Azerbaijão. Repleta de curvas e movimento, a obra ilustra com excelência os conceitos de fluidez e arquitetura orgânica, sempre presentes nos projetos da arquiteta.
Zaha Hadid inovou em suas obras, trazendo um olhar crítico em relação às tendências contemporâneas de construção.
Buscando superar a arquitetura do século XX, ela procurava proporcionar edificações que correspondessem ao nosso tempo, ao dinamismo e às necessidades da vida atual.
Assim, a arquiteta quebrou a rigidez arquitetônica e os limites físicos dos edifícios, trazendo fluidez para as suas obras.
Fã de Oscar Niemeyer, Zaha Hadid também buscava pensar o design dos edifícios como um organismo unificado. Nesse sentido, ela renuncia a arquitetura de repetição e separação do século passado e exorta a construção de obras que integram e engajam.
Para além dos muros de prédios e edifícios, sua crítica é de extrema importância para o universo da construção civil e da arquitetura.
A obra de Zaha mostra que é indispensável repensar as práticas dessas áreas não apenas porque elas evoluíram. Mas também porque, em termos mais amplos, é dever delas pensar os desafios da geração atual, como sustentabilidade e desigualdade social.
Zaha fomenta, por exemplo, a importância de criar espaços públicos em todas as construções, para que as pessoas se conectem e a segregação urbana seja eliminada.
Nesse aspecto, ela critica veementemente a tendência atual de construir prédios murados, fechados e enjaulados, que cria uma arquitetura arcaica. Ao contrário, é preciso tornar as cidades mais acessíveis e abertas, conectando as pessoas e gerando um ambiente mais diverso.
Portanto, Zaha Hadid nos faz refletir que, se dinamismo e inovação são palavras-chave do mundo contemporâneo, é inaceitável que a arquitetura se mantenha rígida e ultrapassada.
A Rainha das Curvas nos mostra que fluidez, movimento e diversidade são fundamentais no meio urbano, das pessoas às construções.
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