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No artigo de hoje da série Grandes Nomes da Arquitetura, vamos falar sobre a história de I. M. Pei, um dos maiores mestres da arquitetura moderna.

21 de fevereiro de 2020


No artigo de hoje da série Grandes Nomes da Arquitetura, vamos falar sobre a história de I. M. Pei, um dos maiores mestres da arquitetura moderna. Ieoh Ming Pei foi um arquiteto sino-americano, cuja obra foi marcada por traços geométricos.

A simplicidade das formas, contudo, não deixava de mostrar a ousadia em seus projetos. Um dos mais renomados nomes do século XX e início do XXI, Pei foi um importante representante da arquitetura na transição do modernismo para o pós-modernismo.

Para saber mais sobre a história de I. M. Pei, continue a leitura! Conheça suas obras, seu estilo inovador e sua importância para o universo da construção civil.

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A história de I. M. Pei

M. Pei nasceu em Cantão, na China, em 1917. Com apenas 17 anos de idade, em 1935, mudou-se para os Estados Unidos com o intuito de estudar. Lá, cursou Arquitetura na Universidade de Pensilvânia, Engenharia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e, posteriormente, fez pós-graduação em Design, em Harvard.

Em 1955, Pei foi naturalizado cidadão americano. Na mesma época, abriu um escritório próprio de arquitetura, onde desenvolveu importantes obras que se tornaram mundialmente reconhecidas.

Vale mencionar que o arquiteto teve contato direto com importantes nomes da arquitetura moderna, como Le Corbusier, Walter Gropius e Marcel Breuer. Esse elo foi primordial em sua carreira, visto que Pei inspirou-se nos elementos modernistas para a criação de suas obras, mas, ao mesmo tempo, criou seus próprios conceitos.

Depois de uma longa carreira de mais de 70 anos, o arquiteto centenário morreu em maio de 2019, aos 102 anos de idade, deixando um valioso legado para a história da arquitetura.

As principais obras do arquiteto modernista

A história de I. M. Pei foi marcada por reconhecimento mundial e conquistas de diversos prêmios. Em 1968, seu escritório ganhou o Architectural Firm Award, do American Institute of Architects (AIA).

O arquiteto também ganhou Medalha de Ouro do AIA em 1979. Em 1983, recebeu o mais importante prêmio da arquitetura, o Prêmio Pritzker. E em 2009, conquistou a Medalha de Ouro do Royal Institute of British Architects.

Dentre museus, edifícios, monumentos e prédios comerciais espalhados pelo mundo todo, conheça alguns de seus principais projetos:

Pirâmide de vidro do Museu do Louvre

Inaugurada em 1989, em Paris, a pirâmide é um dos projetos mais conhecidos de I. M. Pei. Sua obra tornou-se a entrada principal do museu, proporcionando uma experiência inigualável aos visitantes.

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Museu de Arte Islâmica

A obra, inaugurada em 2008 no Catar, revela características marcantes de Pei, como ângulos retos, linhas simples e, ao mesmo tempo, formas complexas.

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Museu Suzhou

A cidade natal de I. M. Pei, Suzhou, ganhou um museu do arquiteto em 2006. A obra simboliza importantes conceitos de Pei, que buscou unir o traço moderno e contemporâneo à essência local e tradicional da sua origem.

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JFK Presidential Library

A Biblioteca Presidencial JFK foi inaugurada em Boston, nos Estados Unidos, em 1979. Na obra, o arquiteto explorou o uso de formas simples e estruturas em concreto, aço e vidro.

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Outros projetos importantes

Na sua longa lista de obras arquitetônicas, encontram-se ainda:

– Centro de Artes Paul Mellon (EUA, 1972);

– Museu de Arte Herbert Johnson (EUA, 1973);

– OCBC Centre (Singapura, 1976);

– Galeria Nacional de Artes (EUA, 1978);

– Bank of China Tower (Hong Kong, 1990);

– Rock and Roll Hall of Fame (EUA, 1995);

– Museu Miho (Japão, 1997).

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A importância da história de I. M. Pei para a construção civil

Como vimos, I. M. Pei deu continuidade à arquitetura moderna sem deixar de imprimir seu estilo próprio. Assim, podemos ver em Pei diversas mesclas que marcam seus projetos.

Nesse sentido, suas obras representam o equilíbrio entre conservadorismo e inovação, entre o tradicional e o contemporâneo, entre o regional e o internacional. Tudo isso se revela em seus traços, também marcados pela harmonia de conceitos aparentemente contrastantes, como as formas angulosas e as linhas retas e geométricas, entre a leveza do vidro e o peso do concreto, entre a simplicidade e a complexidade, entre a sutileza e a audácia.

Assim, a obra de Pei traz uma importante lição para o cenário da arquitetura e da construção civil. Ela mostra que as formas não são apenas elas mesmas, mas servem a um objetivo. E era assim que I. M. Pei criava suas obras: sempre adaptando seu estilo e sua linguagem a um contexto específico e a um propósito.

Portanto, ao adicionar elementos próprios aos traços modernistas, podemos afirmar que Pei mostrava-se cuidadoso, flexível e sábio. A sua rejeição ao estilo internacional oriundo da globalização e o seu respeito às tradições arquitetônicas mostram que olhar para as raízes pode significar estar à frente do seu tempo.

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