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Já imaginou uma embalagem de amaciante feita por impressora 3D que pode “sentir” quando o produto está acabando e se conecta automaticamente à internet para fazer o pedido da reposição?

30 de março de 2018


Já imaginou uma embalagem de amaciante feita por impressora 3D que pode “sentir” quando o produto está acabando e se conecta automaticamente à internet para fazer o pedido da reposição?

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, são os primeiros a tornar isso realidade. Eles uniram a tecnologia de impressoras 3D a sensores tridimensionais, para coletar dados úteis e fazer os objetos se comunicarem com outros dispositivos, conectados ao WiFi, sem precisar de cabos ou energia.

Assim, os entusiastas da impressão em 3D poderão criar objetos que se comunicam com outros dispositivos inteligentes sem a necessidade de fios ou energia. Isso poderia virar um botão que pede mais leite quando a caixa sente que está esvaziando ou um sensor de água que envia um alarme para o telefone quando detecta um vazamento, por exemplo.

Para a impressora 3D imprimir objetos que podem se comunicar com receptores WiFi comerciais, a equipe empregou técnicas de retro disposição, que permitem aos dispositivos trocar informações. Ou seja, foram substituídas algumas funções, normalmente realizadas por componentes elétricos, por movimentos mecânicos ativados por molas, engrenagens, interruptores e outras peças – mesmo princípio que permitem que os relógios sem bateria funcionem.

As informações – na forma de 1s e 0s – são codificadas pela presença ou ausência do dente em uma engrenagem. A energia de uma mola enrolada dirige o sistema de engrenagem, enquanto a largura e o padrão de dentes de engrenagem controlam quanto tempo o interruptor de retrocesso faz contato com a antena, criando padrões de sinais refletidos que podem ser decodificados por um receptor WiFi.

Eles também são widgets de entrada WiFi como botões e controles deslizantes, que podem ser personalizados e compor casas inteligentes com um rico ecossistema de “objetos falantes”, que podem sentir e interagir com seus arredores.

A pesquisa foi financiada pela National Science Foundation, a Fraternidade Alfred P. Sloan e pelo Google.

Infelizmente, não há informações sobre planos para trazer esses produtos para os consumidores. Mas esse tipo de inovação nos faz sonhar com uma casa inteligente mais acessível e amigável ao meio ambiente.

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