Aproveitar o potencial hidráulico do Rio Tocantins, o segundo maior rio totalmente brasileiro, e levar desenvolvimento econômico para a região Norte, por meio do acesso à energia elétrica, foi um desafio que começou cedo em Tucuruí (PA). Dos primeiros estudos ao início da construção da Usina Hidrelétrica Tucuruí passaram-se 20 anos, tendo as obras de infraestrutura iniciadas em novembro de 1975. Com a inauguração, em 1984, a cidade se transformou num importante centro gerador de energia que hoje abastece cerca de 40 milhões de brasileiros.

No entanto, para construir a barragem foi necessário interromper o curso da hidrovia Araguaia-Tocantins, trecho vital para o escoamento da produção do Centro-Oeste do Brasil. Para vencer o desnível, que chega a 75 metros (o equivalente a um prédio de 25 andares), foi projetada a construção de duas eclusas e um canal intermediário de 6 km. O projeto Sistema de Transposição de Desnível da Barragem da Hidrelétrica de Tucuruí é uma obra prioritária do governo federal, integrando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC I).

Todos os equipamentos que compõem as eclusas, como comportas, subestação, estação meteorológica, sistema de drenagem, de combate a incêndios, entre outros, precisaram ser supervisionados e operados por intermédio de um Sistema de Controle e Supervisão (SCS). A WEG foi a empresa escolhida para assumir este projeto levando em conta a experiência em automação de sistemas e a excelência adquirida neste segmento. “Destaca-se também como diferencial a flexibilidade da WEG para atender as mudanças solicitadas pelo cliente, o qual acompanhou todas as etapas de desenvolvimento e testes de plataforma”, afirma Mario Andrei Cologni, analista de projetos, engenharia e automação da WEG.

A WEG definiu uma solução para atender as necessidades específicas da obra, incluindo painéis customizáveis e equipamentos de alta performance, tudo integrado por uma arquitetura de automação de alta disponibilidade, que possibilita a visualização e operação das eclusas através de duas salas de controle interligadas por cabos de comunicação em fibra ótica. Um dos desafios da WEG neste projeto foi a definição de uma arquitetura de automação robusta e redundante, sendo ao mesmo tempo competitiva para a integração dos equipamentos que compõem uma automação deste porte, atendendo os rigorosos requisitos do projeto.

 

As eclusas de Tucuruí

A eclusa é um verdadeiro elevador aquático, ajudando navios a transpor rios ou canais onde existe desnível no terreno. O projeto da WEG nas eclusas de Tucuruí iniciou em meados de 2009. Os painéis elétricos e Sistema de Controle e Supervisão foram inspecionados, aprovados e entregues no começo de 2010. Em outubro, iniciaram-se os trabalhos em campo para comissionamento do sistema. A Usina Hidrelétrica Tucuruí é a quarta maior do mundo em potência instalada, capaz de produzir 4.245 MW de energia.

 

Escopo do projeto

- Painéis elétricos e respectivo projeto

- Engenharia de software aplicativo para os PLCs e supervisório

- Estação meteorológica

- Equipamentos de informática (servidores, impressoras, estações de operação, etc)

- Documentação

- Treinamento das equipes de projeto e manutenção do cliente

- Teste de aceitação em fábrica, com simulação do Sistema de Controle e Supervisão

- Comissionamento

Veja as fotos do projeto: http://bit.ly/gCsRzX