A BRF deixou de desperdiçar 8.710,06 MWh/ano, equivalente a um mês de produção na unidade de Chapecó. O consumo diário foi reduzido em 10%, o que gerou uma economia de mais de R$500 mil ao ano. A fábrica tem produção anual de 20 mil toneladas de frangos, peru e industrializados e 60 mil toneladas de ração. Estava equipada com motores desatualizados em termos de eficiência, alguns fabricados na década de 70, com perda de rendimento de até 9% em relação aos atuais. “Esses motores não ofereciam mais o rendimento adequado e já não supriam a necessidade do equipamento acionado, limitando assim a sua capacidade”, explica o analista de eficiência energética da BRF Chapecó, Cleber Régio Marques.
Os projetos contemplaram a aquisição de motores W22 Premium WEG para as unidades de Chapecó e Concórdia. Os equipamentos acionam compressores e bombas nas aplicações com maior consumo de energia, com potências que variam de 40 a 700 CV: geração de frios, geração de vapor, tratamento de água e efluentes e fabricação de rações. Somente na geração de frios, são seis salas de máquina responsáveis por 48% do consumo total da planta. “O payback atestou que valia a pena investir. O projeto se demonstrou atrativo, principalmente porque o retorno do investimento vem na própria fatura de energia. Além disso, esse tipo de projeto traz mais confiança, pois é avaliado e auditado pela concessionária”, afirma o analista.
Conforme Marques, a companhia ainda tem um grande potencial de eficiência, tanto na substituição de motores quanto de componentes de automação. Segundo ele, as discussões sobre sustentabilidade no Brasil têm sido intensas, entretanto as ações ainda são mínimas.
Para o analista, esse é um exemplo de projeto que quebra paradigmas e vem para mudar a cultura do país. “Pensava-se que os recursos eram inesgotáveis. Hoje, sabemos que é possível racionalizá-los para que nossos filhos possam usufruir depois”, assinala