Educação, caráter, habilidade, intuição e coragem. É com esses adjetivos que podemos descrever Eggon João da Silva, um dos fundadores do grupo WEG e vencedor do 6º Prêmio Inovar para Crescer na categoria Personalidade Inovadora. Oferecido pela PROTEC (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica ) em parceria com o SENAI, a premiação tem como objetivo difundir o conceito de inovação, destacando empresas e personalidades que fizeram do aperfeiçoamento constante de produtos e processos um fator de competitividade.

Exemplo de que com coragem, determinação, disciplina e acima de tudo, paixão pelo que faz é possível transpor barreiras, criar oportunidades e realizar sonhos, Eggon começou a trabalhar aos 13 anos, em um cartório como auxiliar, em Jaraguá do Sul. Em 1957, depois de 14 anos no principal banco do Estado, tornou-se sócio de uma firma especializada na produção de canos de escape para veículos, e em 4 anos aumentou de 8 para 150 o quadro de funcionários da empresa.

Em 1961, juntamente com Werner Voigt e Geraldo Werninghaus, começou um sonho, fundando a empresa que menos de 50 anos depois se tornaria uma das maiores multinacionais brasileiras. Os três sócios, cada um em sua especialidade, praticaram a inovação dia após dia: Werner buscando formas de aprimorar a tecnologia dos produtos, Geraldo buscando a produção mais eficiente e Eggon buscando uma gestão cada vez mais moderna.

Empreendedor, administrador, líder, e acima de tudo um sonhador, ao longo de sua carreira Eggon provou mais de uma vez que o sucesso é uma consequência e não um objetivo. Sempre movido por sua inteligência estratégica, nunca teve medo dos desafios: “Ajudei a construir a maior fábrica de motores da América Latina, reestruturei a Perdigão e dei minha contribuição para muitas outras companhias. Cumpri minhas metas pessoais.”, conta.

Até 1989, Eggon participou diretamente dos destinos da WEG como presidente executivo, levando-a a figurar entre as maiores do setor, com participação destacada no mercado nacional e internacional. Depois, junto com Werner e Geraldo, passou a fazer parte do Conselho de Administração da empresa, onde permaneceu até 2004. Sua trajetória também está ligada a companhias como Oxford, Tigre, Marisol, e Perdigão, onde participou dos conselhos administrativos, tendo nesta última, inclusive, exercido a função de diretor presidente entre 1994 e 95, momento em que cumpriu a dura missão de recuperação financeira da empresa.

"Nosso desejo é motivar a inovação. Premiamos empresas que tiveram a ousadia de empreender e a vontade de vencer desafios nesse mundo de grandes dificuldades", declarou o presidente da PROTEC, Humberto Barbato, na cerimônia de entrega do prêmio. Além de Eggon também foram premiadas: a Embraer, na categoria Visão, (grande empresa); a Altus Sistemas de Informática, em Estratégia (média empresa); e a Nibtec, em Revelação (pequena empresa).

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